segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Os mesmos olhos, a mesma pele hoje sentindo coisas tão diferentes e tão melhores. Aprendendo finalmente a ter preguiça de se aborrecer. Já vi o fim do mundo algumas vezes e na manhã seguinte estava tudo bem.

Aquilo que no passado me satisfazia e arrancava um sorriso, hoje é apenas um motivo para risos e uma sensação de não reconhecimento.

Por muito tempo saia do meu casulo e ia apenas até onde os olhos ainda pudessem avistar. Presa por um fio, cordão umbilical.

Mas eu queria mais, eu queria liberdade, só cai quem voa.

O fio se rompeu e o ar parecia acabar devagar enquanto a fumaça sépia cobria tudo aquilo que eu queria e precisava ver.

Na busca de um rumo, qualquer destino me fazia andar.

Agora não tem mais fio, não tem mais lugar seguro mas tem um mundo inteiro a se ganhar, e eu tenho ganho ele a cada dia.

Não tem mais juras de amor, nem idealizações. Corri uma vida para entender que amar o outro só significa querer ver o foco do amor feliz. Simples assim, como a vida inteira.

E como ele já dizia, se a gente deixar de viver não vai dar tempo de sorrir.

E francamente, não me agrada mais um lugar seguro e a mesmice, nenhum porto tão sedutor a ponto de me fazer ancorar.

Eu quero pisar no desconhecido, eu quero quebrar a cara e corações, sofrer, amar e por fim, viver. Afinal é a única coisa que faz esse coração todo remendado bater sorrindo.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Aquela pessoa chorando no cantinho sou eu, saltitante pela casa também sou.
Aquela pessoa descrente de tudo sou eu, cheia de fé também sou eu.
E tudo junto e ao mesmo tempo.
E sim, negar qualquer uma das minhas partes para mim tem o peso de ir contra toda minha existência.
Eu sei, é complicado. Mas é assim que é.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Chegou em casa. Estava todo embrulhado com várias etiquetas de:
Cuidado Frágil.
Era um pacote grande todos tinham medo de abrir e ver o que era, as vezes o pacote ficava se movimentando, o medo aumentava.
E ele passou bastante tempo lá, quase que como um ovo esperando a hora de sair.
Seja lá o que tivesse lá dentro já estava lá a muito tempo.
O máximo de atenção que davam para aquilo era um olhar de curiosidade misturado com reprovação.
O pó se acumulava, o espaço fazia falta.
Um dia uma pessoa rasgou sem pudor a primeira camada de papelão e se viu cores bonitas surgindo, ficou um tempo observando porque era realmente bonito.
Abaixo tinha uma camada de papelão bem mais grossa, parecia ser feita de cálcio era quase impossível romper mas a pessoa tinha bastante paciência a cada dia serrava um pouco.
Um dia finalmente conseguiu tirar tudo aquilo que nada mais era que costelas , lá dentro tinha um coração. Batendo assustado e feliz de uma vez na vida ter sido ouvido. Ele gritava por socorro, queria bater, pulsar sem pudor algum.
Resolvi avaliar melhor esse coração, ele tinha 16 anos e pertencia a pessoa que estava aqui escrevendo.
Ela pediu intervalo disse que precisava tirar o atraso, esperamos que ela volte em breve.

terça-feira, 12 de abril de 2011

"Chamas são acesas quando nós, as crianças do campo, estamos reunidos. É algo muito além das palavras, além de brigas ou das diferenças ridículas que qualquer fofoqueiro tenta expor. E tentar apagar isso é a tentativa mais tola do mundo... porque nós nos reconhecemos, sabemos quem e o que somos e isso nada irá tirar de nós."

Pode não fazer sentido mas é assim que é, e sempre foi pra mim. Uma alma inquieta correndo atrás de pequenos prazeres e deixando de lado tudo aquilo que a maioria das pessoas lutam a vida inteira para ter. Crianças do campo cresceram, e agora sinto a plenitude de quem acredita ser capaz de incendiar metrópoles.
Porque com chamas nos olhos e o peito apertado qualquer fofoqueiro fica tão pequeno porque se sabe que são mundos diferentes eu não fico xingando pessoas por elas não terem essa chama acessa gostaria que fosse recíproco mas não é. Sempre faço o que mais me pede a vida, tenho milhares de defeitos e erros suficientes para um catálogo. Também tenho vários inimigos no meu ver porque simplesmente nunca entenderam a insanidade de deixar tudo para trás só por um sorriso.
E pensar que tudo isso não parece valer a pena quando se analisa, precisa-se viver tudo isso para saber o prazer de pequenos atos verdadeiros.
Então que se foda mesmo, pecado é não viver a vida.
Minha vida é um tanto quanto curta para perder um segundo sequer me importando com o que as pessoas fofoqueiras, invejosas e mortas-vivas acham de mim.
Porque é tão melhor incomodar do que não existir

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Eu cansei de carregar um escudo em cada mão, pesa muito.
Eu cansei de gente fingir que entende tudo.
Eu cansei de gente falsa.
Eu cansei de quem mente sem necessidade.
Eu cansei de gente sem tempero
Eu cansei de dedos apontados
Eu cansei do maremoto no Japão
Eu cansei de tarefas mínimas e complementares
Eu cansei de gente sem personalidade pra assumir quem é
Eu cansei de playboy
Eu cansei de patricinha
Eu cansei da minha impotência.
Eu cansei de manchas
Eu cansei de reclamar
Eu cansei de cansar

terça-feira, 5 de abril de 2011

Eu não sei escrever com palavras bonitas pra causar boa impressão. Eu não sei agir de determinada forma para que as pessoas não me odeiem. Eu não consigo escrever por obrigação. Eu não consigo falar algo que não penso por educação. Eu não consigo dormir sem ter feito o dia valer a pena. Eu não consigo perambular menos. Eu não consigo manter uma rotina e seguir cronogramas de estudos. Eu não consigo amar menos. Não consigo abrir mão daquilo que faz meu coração pulsar.
Porque é pra isso que eu vivo, pelo frio na barriga impagavel, pelo coração pulsando, ardendo. E ele não para nunca então pra que tentar fazer parar?
É só isso sempre, eu indo pelo caminho que me dá mais prazer sem estudar os outros.
Isso não quer dizer que eu seja uma porra-louca, tá ok que eu não permito que ninguém me fale o que fazer, o que é certo o que é errado e também não falo isso pra ninguém. Tá bom que eu já fiz muita merda, e vou continuar fazendo. Que quando estou triste eu me machuco muito e quando estou alegre bato a cabeça no teto de tanto pular. Que eu não sei viver naquela coisa morna que não machuca nem dá prazer. 8 ou 8o eles chamam.
Eu não estudo as situações da vida mas eu tenho uma bela noção do que posso ou não fazer e estou apta pra colher todas as conseqüências. Eu não tenho medo da minha cabeça, eu sempre sei o que fazer com ela nem que seja bater ela na cabeça até a dor me dar um foco.
Eu sei que quem me vê de fora pode pensar que sou só mais uma adolescente rebelde sem causa, caguei pra isso. Eu sei quem sou e a partir desse momento todas essas asneiras parecem menores que planárias.
Eu preciso estar constantemente no limite, e é aqui me encontro.

Eu realmente havia esquecido como simples coisas podem ser doces.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Sabe quando se estuda matemática e nada faz sentido? E você tenta com cada vez mais esperança do resultado dar certo e nunca dá? Só aumenta a irritação e a dor de cabeça?
Sim, você sabe.
E você também deve saber como é confortante quando se acerta.
Tá, foi a melhor metáfora pra dizer que minha vida realmente começou fazer sentido, muito.
Descobri que sou autotrofa e posso criar minha própria felicidade e isso me faz tão bem.

quarta-feira, 23 de março de 2011

boneca inflável.

Gente fútil até os ossos. Todo dia reza por Deus. Cristã hipocrita, hipocrita.
Amigas falsa que não a conhecem, mas tudo bem, nem ela se conhece e disfarça esse vazio com corpo bonito e maquiagens.
Exemplo de desgosto para qualquer ser que pensa.
Não contente de jogar sua vida no lixo ainda tenta destruir todo sentimento bonito que surge ao seu redor, parasita.
Se alimenta da merda, e da morte.
Vontade de esfolar a cara dessa pessoa no asfalto, e ai?Agora você é feia, vai fazer o que?
É por causa de gente assim que existem o tanto de problemas que o mundo encontra, todos. Pessoas egocêntricas, moralistas, preconceituosos que nadam contra toda melhora.
O veneno se encontra no espelho do armário.
Pobreza extrema de espírito, será mesmo que tem espirito? Tem sim, de porco.
Por favor, saia do meu mundo e do mundo de todos que conheço continue falando de BBB, assistindo futebol de quarta, sendo muito puta, fingindo felicidade e se escondendo e dormindo em caminhas de fofoletes, de preferência fique ai PRA SEMPRE.
Que eu continuo aqui existindo de verdade e com um coração pulsando, latejando sofrendo sim, mas sendo feliz.
Eu tenho dó de você, você joga sua vida no lixo e quer levar tudo consigo, então que se foda.

"A futilidade encarrega se de "mais tralos'.
São inóspitos, nocivos, poluentes.
Abusam da própria miséria intelectual,
das mazelas vizinhas, do câncer e da raiva alheia.
O veneno se refugia no espelho do armário.
Antes do sono, o beijo de boa noite.
Antes da insônia, a benção."

Mais em.
http://www.vagalume.com.br/o-teatro-magico/os-insetos-interiores.html#ixzz1HRbMHpnO

segunda-feira, 21 de março de 2011

Eu quero ser eu.

Porque chega uma hora que você se cansa do tanto de cartas não enviadas, da imensa quantidade de paixões sufocadas debaixo de um tapete chamado medo.
Se cansa de todas as inúmeras autoproteções que todos nós temos. E a única vontade que se tem é de se jogar do abismo, quebrar a cara ou ver o para quedas se abrir.
Que se cansa de pessoas falsas ao redor, que não se irrita mais com o diferente. Que se aprende a reconhecer o poder do outro sem esquecer do seu.
Que se busca sua essência e se aprende que pior que ela seja ela é sua, só sua.
Enfim, quando se para de existir e se começa a viver.
A maioria das pessoas tem medo de gente viva e por isso apontam os dedos para todos que ousam existir, mas que se fodam os dedos apontados.
Eu não sabia de nada disso, eu nunca tinha me incomodado com isso.
Mas agora basta, eu quero ser eu.


quarta-feira, 16 de março de 2011

Faz um ano que eu tomei júizo ou como vocês preferirem chamar. Não parece que foi ontem, faz tempo mesmo.
Hoje já nem me reconheço no passado.
A pior dor não é aquela da morte. Da morte em si.
Porque por mais cruel que seja, você sabe que nada que você faça irá mudar a situação.
O que doí mesmo é a morte constante das coisas, em que fica sempre a angústia do se.
Não saber o que se deve fazer, querer tanto mas não conseguir falar uma palavra.
A dor de sentir as lágrimas caindo na sua pele inteira com alergia emocional, sentir arder.
Essa dor ainda é bem menor que a dor na alma, que faz todo o resto parecer tão pequeno e fútil.
Como uma criança com inanição me encolho e sofro imóvel. Pensando que talvez o movimento acentue minha dor.
A cabeça novamente lateja, todos os esforços se resumem a nada.
Do que adianta pensar, e saber escrever se não tenho coragem de mostrar para o mundo o que sou?


Ela caminhava, seu olhos viam um mundo que não a via, como ela realmente era.
Só ela se via.
Ela pensava muito na vida e sempre acabava cansada de tudo.
Via bem mais que 7 erros.
Já tinha perdido um pouco a fé em si, no mundo e na raça humana.
Tratava mal algumas pessoas, leu em algum lugar que "As pessoas não são boas umas com as outras. talvez se elas fossem nossas mortes não seriam tão tristes."
Sentiu quase que como uma punhalada no peito
Aprendeu que pouco importa todo o resto do mundo se você souber ser humana, e isso é tão raro ultimamente.
Que a vida é bem mais que tarefas mínimas e complementares, opiniões alheias.
Viver consiste em existir te causando prazer sem se alimentar de dores alheias.
Pensou que enquanto conseguisse eliminar toda essa angústia que sempre a acompanhou através de palavras escritas ou faladas poderia lidar com tudo:
Coração partido, ausência, falta de comunicação, doenças.
Então, ela chegou em casa e escreveu esse texto.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Tô pegando paixão pelo Polaco.










"Quem nasce com coração?

Coração tem que ser feito.

Já tenho uma porção

Me infernando o peito.

Com isso ninguém nasça.

Coração é coisa rara,

Coisa que a gente acha

E é melhor encher a cara."

Tantas ideologias, caminhos. E eu aqui perdida sem saber por onde caminhar.
Acontece de vez em quando, sobra só o nó no peito e a dor de cabeça.
Acontece sempre que acho que estou no caminho certo que nada pode me arrasar.
Mas foda-se, foda-se mesmo.
A única coisa ruim é que fico irritada e desconto em quem não merece.
Ai, esse mundo está muito errado e eu não tenho sequer disciplina pra manter um foco, nem num texto que seja.
Em dias assim tudo perde o brilho, não sei se nunca tiveram ou eu que criei. O fato é que tudo fica opaco, minha felicidade também.
Sério, tÔ tentando viver minha vida só, não tenho a intenção de incomodar ninguém.
Embora existir de verdade incomode, tô vivendo da minha maneira.
Com as minhas certezas e opiniões um pouco não usuais mas fazer isso é uma das únicas coisas que sinto prazer em fazer.
(Então porque reclama? Pergunta o leitor desavisado)
Foda-se se eu reclamo. Posso fazer isso no meu pessoal e intransferível blog? Obg.

Reclamo porque as pessoas ficam me cagando regras, e pecados foda-se.
Eu não costumo trocar o almoço pela sobremesa, entenda como quiser
Sabe, não tenho culpa da vida que as outras pessoas vivem. Não é minha culpa, não pode cair sobre meus ombros.
Eu não sou uma privada universal de problemas.
Eu já tenho os meus, eles são grandes. E eu não tento jogar eles pra ninguém resolver porque por mais que me ajudem, eu que entrei neles(ou eles que me procuraram) e eu que vou resolver.
Problema a gente resolve com o problema, não com quem está perto quando o negócio aperta.
Minha cabeça tá latejando porque ainda me solidarizo e fico quieta quando devia gritar, mesmo que entre surdos.
Mas agora vou tomar remedinhos e ver se melhoro, porque o dia até agora foi uma merda.


Porque eu não tenho ninguém pra me dizer que no fim tudo vai ficar bem, porque talvez não fique mesmo. Talvez no exista ficar tudo bem.

Mas enfim, vou recomeçar que tenho mestrado nisso, e doutorado em rir da minha própria desgraça.


E se você está reclamando que tem palavras inventadas, má ortografia, palavras jogadas sem sentido. Sabe o que você faz?
Vai ler qualquer escritor movido a razão.
Porque isso eu não sou. Não sou nem escritora, nem sou movida a razão.
Eu surto e falo o que quero, e eu não tenho medo disso mas os outros costumam ter, enfim prefiro ser assim do que fingir ter toda a calma do mundo e nunca colocar pra fora o que se sente.

Abracinho apertado
I.


quinta-feira, 10 de março de 2011

Sabe o Murphy? Sim, você sabe. Aquele da lei que se alguma coisa pode dar errado ela dará.
Enfim, dai a Maria vai lá e coloca no subnick do MSN para enviar curriculos, mas não fala para que. Percebe? Não tem como dar certo.
Eis que a menininha recebe e-mails variados e começa rir freneticamente e desiste de dormir a tarde porque acaba de notar que todo plano que ela faz pra fugir da merda só faz a merda se aproximar.
Tá ok, Maria está sendo dramática. Na verdade a vida dela começou a ser boa porque ela descobriu quem é e agora ninguém mais consegue provar que ela está errada, na verdade ela está muito feliz.
Obs:
Substitui os nomes pra ninguém perceber que estou falando de mim mesma, ok?

segunda-feira, 7 de março de 2011

Carta para o carnaval:

Caro senhor carnaval, você vem todo o ano olha no meu olho e pergunta:
Você não vai se render a essa felicidade boba?
As vezes eu até me rendo porque por pelo menos 4 dias do ano não se precisa existir motivo para um sorriso, embora acho que nos outros 351 dias também não precise.
Não pense vocês que não gosto de estar feliz, só não gosto de ter dia marcado para isso.

sexta-feira, 4 de março de 2011

A Clara mais uma vez falando por mim...
"Eu vou contar uma coisa pra vocês: às vezes as coisas estão todas flutuando na indefinição, mas eu olho no espelho e fico feliz com o que eu vejo. Eu sou feliz de ser essa bagunça toda. Eu já passei por tanta coisa ruim e tanta coisa boa, eu já andei tanto por aí, com a cabeça erguida ou me arrastando, em total desequilíbrio e sozinha sem ninguém pra me dar a mão ou cheia de gente espremida no banco de trás de um carro indo pra algum lugar, eu já chorei tanto, já sofri tanto, já achei tanto que nada tinha mais jeito e que nunca mais que cheguei num ponto que nada mais me derruba. Nem amor, nem expectativa, nem desilusão, nem rejeição de nenhuma natureza me derruba. Eu tenho as minhas certezas que já questionei milhões de vezes e elas são minhas, só minhas, aqui numa caixinha muito bem guardadas. Caguei se ninguém entende. Caguei se eu vivo num lugar que se alimenta de fenômenos como eu mesma fui sem perceber, num país burro cheio de gente medíocre que finge que entende de tudo pra não passar mal e na verdade é fútil até o osso e não tem um pingo de alma. Caguei pra isso. Caguei se eu me repito; pra mim isso se chama identidade, e isso, meu bem, isso ninguém tira de mim. Eu não preciso me curvar pra nada que eu não aceite. Eu não preciso fazer nada que eu não acredite. Já achei que talvez devesse, que talvez o mundo funcionasse assim. Mas não; eu não sou esse tipo de gente. Eu sei onde eu quero ir. Eu sei como chegar lá. Eu acredito. Eu tenho uma porra dentro de mim que não me deixa parar nem desistir. Ninguém vai me provar que eu estou errada. Ninguém vai me dizer como ou quando eu devo fazer o que eu faço; isso só eu tenho que saber. E eu sei. Eu tenho os meus amigos que pensam parecido comigo e a gente se entende. Não precisa falar nada, a gente simplesmente se olha e está tudo ali, quando eu estou com esses meus amigos. Eles sabem, eu sei."

quarta-feira, 2 de março de 2011

Passou, tá tudo bem agora. Eu acho ao menos.
Porque se eu me odiasse eu iria querer ficar sozinha, e me fazer esquecer do outro lado da cor, do amor e da dor por que não? Enfim de todo sentimento que te comprova que se é humana.
Eu iria querer esquecer que eu respiro, que eu posso tudo que eu quiser, que sonhar não doí.
Iria esquecer de tudo que eu sou, fui ou posso ser.
Mas descobri que não me odeio, eu me amo. E é por isso que não vou me isolar, é por isso que não vou deixar de crer, é por isso que eu ainda vou incomodar muito porque é melhor incomodar do que não existir.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Um dose de vida, por favor.

Tanta coisa diferente de mim ao meu redor e eu achando que eu ser indiferente irá solucionar. Achando que soluços são a solução.
Não são, sobra sempre a falta de comunicação a vontade de ter coragem, de chorar, de gritar, de pular, de existir, de fazer qualquer coisa para que me notem. Não no sentido de chamar a atenção exagerada, só no sentido de ter um pouco de atenção mesmo.
Vontade nenhuma de chorar mas MUITA vontade de ter vontade de chorar pra descongelar e começar viver. De suplicar por uma dose de vida na veia. De veia na vida. De qualquer coisa que envolva viver, se entregar sem fazer inúmeras listas e textos para descobrir se vale a pena.
"Ah sou tão doente de viver, sou tão carente de sorrir."

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Quando se é invadida de lembranças a única coisa que tento me lembrar é que por mais que existam pessoas que se importam comigo sou eu, e só eu que vou conseguir superar isso.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

E de repente é só isso que sobra. A vontade urgente, absurda gritante de recomeçar. É só a vida me cuspindo mais uma vez e afirmando que eu não devo fazer bem para ninguém. Só as pessoas andando em grupos rindo e eu cada vez mais perdida em mim mesma, tentando gritar entre surdos.
Vontade de mandar todas essas merdas pra longe de mim, avisar à mim mesma que estou desperdiçando meu tempo que o fato de eu ter um passado cheio de manchas, um futuro incerto e um presente ameno não deve me fazer desistir.
Mas sobra só a vontade, as tarefas não feitas, as palavras não ditas, a falta de diálogo.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Revejo o passado, ou melhor vejo pela primeira como realmente deveria ter visto Não me arrependo porque cresci muito com o meu catálogo de erros. Talvez meu presente não passe de grandes erros. Mas erros que eu acredito com toda a força do mundo.
Porque é assim mesmo, nunca nos reconhecemos no passado. O que doí não é lembrar é pensar que eu estava apesar de tudo me sentindo bem, muito bem.
Doí mais ainda esse tsunami, vocês não vêm? Ah, convenhamos, nunca foi mais que uma metáfora boba. Uma onda gigante que me obriga a reconstruir minha vida, sem que eu espere, sem que eu me prepare. Solidão, eu e minha impotência. Pode até parecer que estou enfrentando mais uma grande onda, mas acho que não é o caso.
Porque agora eu tenho destinos, certezas eu me conheço, pelo menos o suficiente a ponto de eu dizer exatamente o que quero. Eu quero é ficar bem, sem ter que pisar nos outros para que isso ocorra.
Se diz que quando você faz o caminho que a maioria das pessoas fazem você está com problemas, não se aceita ou qualquer outra coisa. Mas não é isso, eu nunca estive tão bem. Talvez esteja tão ligada no meus desejos que fiquei parcialmente cega para vidas medíocres sendo vividas ao meu lado. Não é egoísmo, é pela minha sanidade. É para a chaleira não apitar, pra pressão interna não aumentar para eu não surtar. Enfim, para eu ficar bem.
I.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Liberdade, onde está?

Se quer a todo custo ser livre, e se fica preso nessa luta.
Se quer paz, e pela paz se luta.
Se quer viver, e se mata o verdadeiro-eu.
Mas agora
A única luta que quero, a única morte que quero é a morte do inimigo, o inimigo que mora em mim.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Da série de coisas que me incomodam:

Cantam e falam frases sobre amor. Se pedir uma definição de amor não saberão e provavelmente irão citar uma frase qualquer. Decoram frases como se a vida fosse um teatro e tivessem que em determinado momento citar a tal frase.
Paixões arruinadas pelo simples fato de nunca terem sido paixões muito menos amores(Sim, são diferentes e não venham querer discutir comigo porque não tem como, iê, ganhei).
Cabelos iguais, gostos parecidos. Vivem em bandos marchando em luta, em luta do que mesmo? Ah, de se afirmarem melhores que o resto do mundo(Que para essas pessoas não passam de seus poucos clones, amigos)
Saem por ai fantasiados de hipocrisia, a maioria tem fé em coisas que nem sabem, e muito menos sabem porque tem fé nas mesmas.
Amizade é sinônimo de companhia, daqueles que os seguem no tuíter ou apenas não falam mal pelas costas de forma evidente.
Sempre estão muito bem informados sobre as tendências da moda e relacionamentos alheios. Mas nunca sabem e nunca saberão quem são realmente e porque fazem essas coisas.
Reclamam bravamente quando seus pais demoram certo tempo para chegar ao local onde devem buscar seus "filhos", sem lembrar que seus pais antes de serem pais são pessoas com suas responsabilidades. Também não lembram que se querem tanta liberdade assim devem fazer por merecer.
Um dia espero que descubram:
a) Que a unica maneira de ser livre é se aceitando como se é de fato, e isso é difícil quando não se conhece afinal qual é sua personalidade.
b)Que descubram que forte e grande é você mesmo e no seu dia-a-dia quem decide como será é você.
(Todas as alternativas anteriores estão corretas)
E eu, bom já passei a fase de ficar com raiva de gente assim, porque raiva faz mal pra saúde né.

"Eles são tão iguais, meu medo é ser igual também."




terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Quando tudo é pouco.

A grande diferença entre nós(se é que existe algum tipo de plural entre eu e a maioria desse mundo) é que vocês resistem e sobrevivem. Eu existo e vivo. Pago um preço enorme por isso que as vezes realmente machuca e quase me faz desistir.
É tanta falta de compreensão... Eu fico aqui, no meu canto, abrigo, esconderijo. Não espero que alguém me salve, para falar a verdade não espero mais nada.(Mas continuo esperando que um dia eu tenha esperança)
Pessoas ao meu redor não entendem nada, usam angustias alheias para se divertirem, me desespero, me confundo e te confundo. É como estar na frente de um tsunami e não ter nada pra fazer além de gritar e se desesperar com algo que é tão maior que você.
Aprender a lidar que as vezes não é do jeito que se quer mas é tudo que se tem.
E vocês que não esperem que eu realmente ache que estou certa, eu só espero ter um pouco de paz e que a raiva passe um pouco mais a cada palavra que eu escreva.